19 Novembro de 2019 | 16h54 - Actualizado em 19 Novembro de 2019 | 16h54
Jordânia alerta consequências da posição dos EUA sobre Médio Oriente
Amã - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, alertou para as "consequências perigosas" da mudança de posição dos EUA em relação ao processo de paz no Médio Oriente.

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Bandeiras de Israel e da Palestina
Foto: Divulgação
Muitos assentamentos israelitas foram construídos em territórios destinados ao Estado da Palestina, de acordo com a resolução da ONU 181 de 1947, que criou o Estado de Israel.
"Os assentamentos na Palestina ocupada são uma violação flagrante do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. São acções ilegais que destroem a solução de dois Estados. A Jordânia não negocia a sua posição, contrária aos assentamentos. Alertamos sobre as consequências perigosas da mudança de posição dos EUA para o processo de paz no Médio Oriente", declarou o ministro.
?Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, havia declarado que os Estados Unidos já não consideravam os assentamentos como uma violação do direito internacional.
"Após estudar com cuidado todos os lados desse debate jurídico, esta administração considera que a construção de assentamentos israelitas civis na Cisjordânia não é, por si, inconsistente com a lei internacional."
A declaração modifica a posição tradicional dos EUA. De acordo com a Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, do qual os EUA é membro permanente com direito a veto, os assentamentos israelitas não têm validade legal e "constituem flagrante violação do direito internacional".
A declaração de Pompeo segue a tendência da administração Trump de rever a política norte-americana em relação ao conflito israelo-palestiniano.
Em 2017, Trump reconheceu Jerusalém como capital do Estado de Israel e, em 2018, os EUA transferiram a sua capital oficialmente para a cidade disputada.
Em 2018, os EUA cortaram as suas contribuições para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês).
Em Março deste ano, Trump reconheceu a anexação israelita das Colinas de Golã, território sírio ocupado desde 1981.
Assuntos Conflito
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